Na creche, o que fazer na hora do
choro?
Para crianças até 3 anos, esse
desabafo é uma forma de comunicação importante. Saiba aqui qual é a melhor
maneira de lidar com as lágrimas
Luiza Andrade (novaescola@atleitor.com.br)
VÁRIOS TIPOS O
choro transmite o que os pequenos não sabem dizer. É preciso aprender a
identificar a mensagem. Fotos: Kriz Knack
Adaptar-se ao ambiente e à equipe
da creche, despedir-se da família, avisar que a fralda está suja ou que a
barriga dói, perder um brinquedo para um colega... Pode não parecer, mas a vida
de uma criança até 3 anos tem uma porção de desafios e uma boa dose de
estresse! Sem contar com a fala bem desenvolvida, os pequenos não têm muitas
opções além das lágrimas, que podem acompanhar chorinhos sofridos ou mesmo
choradeiras de assustar a vizinhança.
Mais sobre
cuidados com crianças
Para o educador, enfrentar momentos
como esses está longe de ser fácil. É natural que surjam sinais de frustração,
irritação e, principalmente, falta de paciência. Mas tudo fica mais simples
quando se conhece o desenvolvimento infantil e há acolhimento e uma permanente
construção de vínculos afetivos com os bebês e as crianças - um trabalho
fundamental, que começa ao iniciarem a adaptação e segue ao longo do ano.
Nos primeiros dias da criança na creche, a equipe ainda não distingue os tipos de choro dela. "Há o que expressa dor, o de ‘acordei, vem me buscar’ e o de saudade, entre tantos outros. Quem investe em um cuidado atento passa a identificar essas diferenças e, assim, descobre qual é a melhor atitude a tomar", diz Edimara de Lima, psicopedagoga da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Para decifrar as lágrimas, é preciso ter em mente que o objetivo dos bebês é comunicar que algo vai mal. "Eles relacionam o choro a uma reação boa. Afinal, alguém vem atendê-los. Esse é o jeito que eles têm de dizer ‘estou tentando lidar com um problema, mas não está fácil’. Por isso, deve-se evitar ideias preconcebidas e tentar entender o que o choro expressa", orienta Beatriz Ferraz, coordenadora do Núcleo de Educação Infantil do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).
Essa pesquisa parte de tentativas e erros e, com o tempo, chega a várias respostas. Quando há dor física, deve-se agir no ato e buscar as devidas orientações médicas. A dor emocional também merece ação rápida e aconchego. "Costumam dizer que, se pegar no colo, a criança fica manhosa. Mas colo e carinho não estragam ninguém e são sempre bem-vindos", garante Regina Célia Marques Teles, diretora da Creche Carochinha, em Ribeirão Preto, a 319 quilômetros de São Paulo.
Nos primeiros dias da criança na creche, a equipe ainda não distingue os tipos de choro dela. "Há o que expressa dor, o de ‘acordei, vem me buscar’ e o de saudade, entre tantos outros. Quem investe em um cuidado atento passa a identificar essas diferenças e, assim, descobre qual é a melhor atitude a tomar", diz Edimara de Lima, psicopedagoga da Associação Brasileira de Psicopedagogia.
Para decifrar as lágrimas, é preciso ter em mente que o objetivo dos bebês é comunicar que algo vai mal. "Eles relacionam o choro a uma reação boa. Afinal, alguém vem atendê-los. Esse é o jeito que eles têm de dizer ‘estou tentando lidar com um problema, mas não está fácil’. Por isso, deve-se evitar ideias preconcebidas e tentar entender o que o choro expressa", orienta Beatriz Ferraz, coordenadora do Núcleo de Educação Infantil do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac).
Essa pesquisa parte de tentativas e erros e, com o tempo, chega a várias respostas. Quando há dor física, deve-se agir no ato e buscar as devidas orientações médicas. A dor emocional também merece ação rápida e aconchego. "Costumam dizer que, se pegar no colo, a criança fica manhosa. Mas colo e carinho não estragam ninguém e são sempre bem-vindos", garante Regina Célia Marques Teles, diretora da Creche Carochinha, em Ribeirão Preto, a 319 quilômetros de São Paulo.
Partindo dessa premissa, Vera
Cristina Figueiredo, coordenadora de projetos da associação Grão da Vida, em
São Paulo, desenvolveu com sua equipe uma proposta preventiva baseada no
acolhimento constante. "Logo notamos a importância do brincar junto e do
estar próximo, atento às realizações e descobertas dos pequenos. Dar atenção
nesses momentos, e não apenas na hora de impor limites, gera tranquilidade e
faz o pranto diminuir", conta. Essa experiência jogou por terra a teoria
de que acolher deixa os pequenos grudentos e dependentes. "O carinho gera
ganhos consideráveis em termos de autonomia", garante Vera.
Não é raro que um simples conflito tome proporções de catástrofe mundial, com direito a gritos, sacudidas pelo chão e soluços sem fim. "Às vezes, a criança perde o controle e não consegue voltar ao normal sozinha. Não dá para cruzar os braços e esperar isso passar nem tentar resolver na conversa", relata Regina Célia. Também não vale cair na armadilha de fazer chantagens para o choro cessar. O melhor é mostrar que entende o problema e pedir que ela respire fundo, lave o rosto e sente no seu colo, passando a mensagem de que você confia que ela vai se acalmar. Não perca a chance: respire fundo e tome fôlego também.
fonte:
http://amoaeducacaoinfantil.blogspot.com/search?updated-max=2009-06-28T10:59:00-07:00&max-results=3
Não é raro que um simples conflito tome proporções de catástrofe mundial, com direito a gritos, sacudidas pelo chão e soluços sem fim. "Às vezes, a criança perde o controle e não consegue voltar ao normal sozinha. Não dá para cruzar os braços e esperar isso passar nem tentar resolver na conversa", relata Regina Célia. Também não vale cair na armadilha de fazer chantagens para o choro cessar. O melhor é mostrar que entende o problema e pedir que ela respire fundo, lave o rosto e sente no seu colo, passando a mensagem de que você confia que ela vai se acalmar. Não perca a chance: respire fundo e tome fôlego também.
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